Processo de formação das palavras

domingo, 12 de maio de 2013

PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS
A formação de palavras em língua portuguesa obedece, principalmente, a dois processos: derivação e composição.
DERIVAÇÃO – é o processo pelo qual novas palavras são criadas a partir de outras já existentes. Pode ocorrer das seguintes maneiras:
Prefixal – quando se agrega um prefixo a um radical -  in + feliz = infeliz
Sufixal – quando se agrega um sufixo a um radical – feliz + mente = felizmente
Prefixação e sufixação – quando se agregam um prefixo e um sufixo a um radical – in + feliz + mente = infelizmente

COMPOSIÇÃO – é o processo pelo qual a formação de palavras se dá pela união de dois ou mais radicais. Pode ocorrer por:
Justaposição – quando não há alteração fonética nos radicais – ponta + pé = pontapé
Aglutinação – quando há alteração fonética nos radicais – plano + alto = planalto

CLASSES GRAMATICAIS ( Classificação das palavras)

SUBSTANTIVO – é a palavra que dá nome ao ser.
Classificação:
Comum – é aquele que indica um nome comum a todos os seres da mesma espécie: exemplos -  criança – rio – cidade – estado - país
Próprio – é aquele que particulariza um ser da espécie: exemplos – João – Tietê – Recife - Ceará – Brasil
Concreto – é aquele que indica seres reais ou imaginários, de existência independente de outros seres: exemplos – casa – Uruguai – bruxa – saci
Abstrato – é aquele que indica seres dependentes de outros seres : exemplos – ódio – trabalho – solidão – beleza
Coletivo – é o substantivo comum que, embora no singular, indica uma multiplicidade de seres da mesma espécie: exemplos – boiada – cardume – semana – álbum – cacho – biblioteca
FORMAÇÃO DO SUBSTANTIVO
Primitivo – é aquele que dá origem a outras palavras: exemplos – ferro – pedra – terra
Derivado – é aquela que se forma de outra palavra: exemplos – ferreiro – ferraria – pedreira – pedrada – terreno – terráqueo
Simples – é aquele formado de apenhas um radical: exemplos – flor – maçã – couve – banana
Composto – é aquele formado de dois ou mais radicais: exemplos – banana-maçã – couve-flor – girassol – planalto
FLEXÃO DO SUBSTANTIVO
O substantivo é uma classe variável porque sofre flexão ( variação). Essa variação pode indicar o gênero, o número e o grau.
Exemplos
Garoto – gênero masculino
Garota – gênero feminino
Garoto(a), número: singular
Garotos(as) – número: plural
Garotão – grau aumentativo
Garotinho – grau diminutivo
SUBSTANTIVOS UNIFORMES
Há nomes de seres vivos que possuem uma só forma para indicar o sexo masculino e o sexo feminino. Classificam-se em:
Epicenos – são substantivos de um só gênero que indicam nomes de certos animais. Para especificar o sexo são utilizadas as palavras macho ou fêmea.
Exemplos – o crocodilo macho – o crocodilo fêmea
a mosca macho – a mosca fêmea  - o tatu macho – o tatu fêmea
a onça macho – a onça fêmea   -  a cobra macho – a cobra fêmea
Sobrecomuns - – são substantivos de um só gênero que indicam tanto seres do sexo masculino como do sexo feminino.
Exemplos : a criança – masculino e feminino
O indivíduo – masculino e feminino
A criatura – masculino e feminino
Comuns de dois gêneros - – são substantivos que possuem uma só forma para o masculino e o feminino, mas permitem a variação de gênero através de palavras modificadoras (artigos, adjetivos, pronomes):
Exemplos : o, a colega – meu, minha fã – um, uma estudante – bom, boa cliente

ARTIGO – é a palavra que se antepõe ao substantivo para determiná-lo. Classifica-se em:
Definido – é aquele usado para indicar o substantivo de forma definida. Sendo:
Masculino singular – o                  Feminino singular – a
Masculino plural – os                    Feminino plural – as
Indefinido - – é aquele usado para indicar o substantivo de forma indefinida. Sendo:
Masculino singular – um               Feminino singular – uma
Masculino plural – uns                  Feminino plural – umas

ADJETIVO – é a palavra que caracteriza o substantivo.
Formação do adjetivo:
Primitivo – é aquele que não deriva de outra palavra:
Exemplos - pequeno embrulho  - doce criatura
Derivado - – é aquele que deriva de outra palavra:
Exemplo – funcionária preguiçosa  -  coração amargurado
Simples – é aquele formado de apenas um radical:
Exemplo – ruas escuras  -  problemas brasileiros
Composto – é aquele formado de dois ou mais radicais:
Exemplo – cabelos castanho-escuros  -  problemas luso-brasileiros
Flexão do adjetivo – o adjetivo é uma classe variável. Varia para indicar o gênero, o número e o grau.
Variação de gênero – aluno aplicado  -  aluna aplicada
Variação de número – aluno aplicado – alunos aplicados
Variação de grau – aluno aplicado – aluno muito aplicado – aluno aplicadíssimo
Grau do adjetivo  - o adjetivo pode apresentar-se em dois graus:
Grau comparativo – quando estabelece comparação de:
Igualdade – tão + adjetivo + quanto (como)
O garoto é tão inteligente quanto sua irmã
O garoto é tão inteligente quanto sua estudioso
Superioridade – mais + adjetivo + que (do que)
O garoto é mais inteligente que sua irmã
O garoto é mais inteligente do que sua irmã
Inferioridade – menos + adjetivo + que (do que)
O garoto é menos inteligente do que sua irmã
O garoto é menos inteligente que estudioso
Grau Superlativo – pode ser:
Relativo – quando a qualidade de um ser é intensificada em relação a um conjunto de seres. Essa relação pode ser de:
Superioridade - O (a) mais + adjetivo + de (dentre)
O garoto é o mais inteligente da sala
A moça era a mais alta das irmãs
Inferioridade - O (a) menos + adjetivo + de (dentre)
O garoto é o menos inteligente da sala
A moça era a menos alta das irmãs
Absoluto  – quando a qualidade de um ser é intensificada sem relação com outros seres. Apresenta-se nas formas:
Analítica – a intensificação se faz com o auxílio de palavras que dão ideia de intensidade (muito, extremamente etc.)
A moça é muito alta  -  o secretário é muito inteligente
Sintética – a intensificação se faz através do acréscimo de sufixos (-íssimo, -rimo, -imo)
A moça é altíssima – o secretário é inteligentíssimo

NUMERAL – é a palavra que se refere ao substantivo dando ideia de número. Pode indicar:
Quantidade – choveu durante quatro horas.
Ordem – o terceiro aluno da fila era o mais alto.
Multiplicação – o operário pediu o dobro do salário.
Fração – comeu meia maçã.
Classificação do numeral – de acordo com o que indica, o numeral pode ser:
CARDINAL – indica uma quantidade determinada de seres:
Um, dois, três, quatro, cinco...
ORDINAL – indica a ordem (posição) que o ser ocupa numa série:
Primeiro, segundo, terceiro...
MULTIPLICATIVO – expressa ideia de multiplicação, indicando quantas vezes a quantidade foi aumentada:
Dobro, triplo, quádruplo quíntuplo...
FRACIONÁRIO – expressa ideia de divisão, indicando em quantas partes a quantidade foi dividida:
Meio, terço, quarto, quinto...
PRONOME – é a palavra que substitui ou acompanha um substantivo, relacionando-o à pessoa do discurso.
Classificação do pronome – há seis tipos de pronomes : pessoais, possessivos, demonstrativos, indefinidos, interrogativos e relativos.
Pronomes pessoais – substituem os substantivos, indicando as pessoas do discurso. São eles : retos, oblíquos e de tratamento.
Pronomes Pessoais

Número
Pessoa
Retos
Oblíquos
Átono
Tônico
Singular
Eu
Me
mim, comigo
Tu
Te
ti, contigo
ele, ela
o, a, lhe
 se, si, consigo
Plural
Nós
Nos
nós, conosco
Vós
Vos
vós, convosco
eles, elas
os, as, lhes
 se, si, consigo

Pronomes pessoais de tratamento – representam a forma de se tratar as pessoas.Os mais usados são:
Pronome de Tratamento
Abreviatura
Uso
Vossa Alteza
V. A.
Duques, príncipes
Vossa Eminência
V. Emª
Cardeais
Vossa Majestade
V. M.
Reis, imperadores
Vossa Excelência
V. Exª
Altas autoridades do governo e forças armadas
Vossa Santidade
V. S.
Papas
Vossa Magnificência
V. Magª
Reitores de universidades
Vossa Senhoria
V. Sª
Pessoas graduadas em geral, oficiais, pessoas de cerimônia
Senhor, senhora
Sr., Sra.
Pessoas mais velhas ou pessoas que queremos tratar com respeito
Senhorita
Srta.
Moças solteiras (termo caindo em desuso 

Pronomes possessivos – são palavras que indicam ideia de posse da algo.
pessoa do discurso
pronome possessivo
1ª pessoa singular
meu, minha, meus, minhas.
2ª pessoa singular
teu, tua, teus, tuas.
3ª pessoa singular
seu, sua, seus, suas.
1ª pessoa plural
nosso, nossa, nossos, nossas.
2ª pessoa plural
vosso, vossa, vossos, vossas.
3ª pessoa plural
seu, sua, seus, suas1

Pronomes demonstrativos – são palavras que indicam, no espaço ou no tempo, a posição de um ser em relação às pessoas do discurso.
PRONOMES DEMONSTRATIVOS
Pessoas
Variáveis
Invariáveis
Masculino
Feminino
Singular
Plural
Singular
Plural
Este
estes
Esta
Estas
Isto
Esse
esses
Essa
Essas
Isso
Aquele
aqueles
Aquela
Aquelas
Aquilo

Pronomes indefinidos – são palavras que se referem à terceira pessoa do discurso, dando-lhe  sentido vago ou expressando quantidade indeterminada.

Variáveis
Invariáveis
                                       
(referem-se a coisas)                     
Algum, alguma, alguns, algumas
Algo
Nenhum, nenhuma
Tudo
Nenhuns, nenhumas

Todo, toda, todos, todas
Nada
Outro, outra, outros, outras

Muito, muita, muitos, muitas


(referem-se a pessoas)
Pouco, pouca, poucos, poucas
Quem
Certo, certa, certos, certas
Alguém
Vário, vária, vários, várias
Ninguém
Quanto, quanta, quantos, quantas
Outrem
Tanto, tanta, tantos, tantas

Qualquer, quaisquer


(referem-se a coisas e pessoas)
Qual, quais
Cada
Um, uma, uns, umas
Que

    Pronomes interrogativos – são aqueles usados na formulação de uma pergunta direta ou indireta, referindo-se à terceira pessoa do discurso.
VARIÁVEIS
INVARIÁVEIS
quanto
quanta
quantos
quantas
qual
quais
 
que

quem

 
                                                                                                    
Pronomes relativos – são aqueles que representam nomes já mencionados anteriormente e com os quais se relacionam.
Quadro dos Pronomes Relativos
Invariáveis
Masculino
Feminino
o qual
cujo
quanto
os quais
cujos
quantos
a qual
cuja
quanta
as quais
cujas
quantas
quem
que
onde
                    
VERBO – é a palavra que indica o tempo de uma ação, estado ou fenômeno da natureza. Os verbos estão agrupados em três conjugações:
1ª conjugação – verbos terminados em AR – cantar , amar, sonhar
2ª conjugação – verbos terminados em ER – vender ,chover, sofrer
3ª conjugação – verbos terminados em IR – partir, sorrir, abrir
Modo verbal – é a atitude que o falante assume em relação ao processo verbal. São três o modos verbais:
Modo indicativo – apresenta o fato como certo, preciso, seja ele passado, presente ou futuro.
Modo subjuntivo – apresenta o fato como incerto, duvidoso, hipotético.
Modo imperativo- exprime uma ordem, um conselho, um pedido.

CONJUGAÇÃO DE TRÊS VERBOS REGULARES: (modelos)

                                                 MODO INDICATIVO


Presente
eu amo
tu amas
ele ama
nós amamos
vós amais
eles amam
Pretérito Perfeito
eu amei
tu amaste
ele amou
nós amamos
vós amastes
eles amaram
Pretérito Imperfeito
eu amava
tu amavas
ele amava
nós amávamos
vós amáveis
eles amavam
Pretérito Mais-que-perfeito
eu amara
tu amaras
ele amara
nós amáramos
vós amáreis
eles amaram
Futuro do Presente
eu amarei
tu amarás
ele amará
nós amaremos
vós amareis
eles amarão
Futuro do Pretérito
eu amaria
tu amarias
ele amaria
nós amaríamos
vós amaríeis
eles amariam



MODO SUBJUNTIVO

  Presente 

que eu ame
que tu ames
que ele ame
que nós amemos
que vós ameis
que eles amem

Pretérito Imperfeito
se eu amasse
se tu amasses
se ele amasse
se nós amássemos
se vós amásseis
se eles amassem
Futuro
quando eu amar
quando tu amares
quando ele amar
quando nós amarmos
quando vós amardes
quando eles amarem


MODO IMPERATIVO

Imperativo Afirmativo
--
ama tu
ame ele
amemos nós
amai vós
amem eles
Imperativo Negativo
--
não ames tu
não ame ele
não amemos nós
não ameis vós
não amem eles


MODO INDICATIVO


Presente

eu bebo
tu bebes
ele/ela bebe
nós bebemos
vós bebeis
eles/elas bebem


Pretérito Perfeito

eu bebi
tu bebeste
ele/ela bebeu
nós bebemos
vós bebestes
eles/elas beberam


Pretérito Imperfeito

eu bebia
tu bebias
ele/ela bebia
nós bebíamos
vós bebíeis
eles/elas bebiam


Pretérito Mais-Que-Perfeito

eu bebera
tu beberas
ele/ela bebera
nós bebêramos
vós bebêreis
eles/elas beberam

Futuro do Presente

eu beberei
tu beberás
ele/ela beberá
nós beberemos
vós bebereis
eles/elas beberão

Futuro do Pretérito

eu beberia
tu beberias
ele/ela beberia
nós beberíamos
vós beberíeis
eles/elas beberiam




MODO SUBJUNTIVO


Presente

Que eu beba
Que tu bebas
Que ele/ela beba
Que nós bebamos
Que vós bebais
Que eles/elas bebam


Pretérito Imperfeito

Se eu bebesse
Se tu bebesses
Se ele/ela bebesse
Se nós bebêssemos
Se vós bebêsseis
Se eles/elas bebessem


Futuro

Quando eu beber
Quando tu beberes
Quando ele/ela beber
Quando nós bebermos
Quando vós beberdes
Quando eles/elas beberem


MODO IMPERATIVO


Imperativo Afirmativo
--
bebe tu
beba ele
bebamos nós
bebei vós
bebam eles

Imperativo Negativo
--
não bebas tu
não beba ele
não bebamos nós
não bebais vós
não bebem eles/elas



MODO INDICATIVO


Presente
eu sorrio
tu sorris
ele sorri
nós sorrimos
vós sorrides
eles sorriem
Pretérito Perfeito
eu sorri
tu sorriste
ele sorriu
nós sorrimos
vós sorristes
eles sorriram
Pretérito Imperfeito
eu sorria
tu sorrias
ele sorria
nós sorríamos
vós sorríeis
eles sorriam

Pretérito Mais-que-perfeito 

eu sorrira
tu sorriras
ele sorrira
nós sorríramos
vós sorríreis
eles sorriram
Futuro do Presente 

eu sorrirei
tu sorrirás
ele sorrirá
nós sorriremos
vós sorrireis
eles sorrirão

Futuro do Pretérito

eu sorriria
tu sorririas
ele sorriria
nós sorriríamos
vós sorriríeis
eles sorririam






SUBJUNTIVO


Presente 

que eu sorria
que tu sorrias
que ele sorria
que nós sorriamos
que vós sorriais
que eles sorriam
Pretérito Imperfeito

se eu sorrisse
se tu sorrisses
se ele sorrisse
se nós sorríssemos
se vós sorrísseis
se eles sorrissem
Futuro 

quando eu sorrir
quando tu sorrires
quando ele sorrir
quando nós sorrirmos
quando vós sorrirdes
quando eles sorrirem



MODO IMPERATIVO


Imperativo Afirmativo
--
sorri tu
sorria ele
sorriamos nós
sorride vós
sorriam eles
Imperativo Negativo
--
não sorrias tu
não sorria ele
não sorriamos nós
não sorriais vós
não sorriam eles



ADVÉRBIO – é a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
Classificação do advérbio – de acordo com a circunstância que exprime,o advérbio pode ser:

TEMPO – ontem, hoje, amanhã, breve, logo, antes, depois, agora, já, sempre, nunca, jamais, cedo, tarde, outrora, ainda, antigamente, novamente, brevemente, entrementes, imediatamente etc.
LUGAR – aqui, ali, aí, lá, acolá, atrás, perto, longe, acima, abaixo, adiante, dentro, fora, além, aquém, defronte, algures (em algum lugar), alhures (em outro lugar) etc.
MODO – bem, mal, assim, depressa, devagar, e a maior parte dos que terminamem
-mente : calmamente, suavemente, tristemente etc.
AFIRMAÇÃO – sim, deveras, certamente, realmente, efetivamente etc.
NEGAÇÃO – não, absolutamente, tampouco (também não).
DÚVIDA – talvez, quiçá, acaso, decerto, porventura, provavelmente, possivelmente etc.
INTENSAMENTE – muito, pouco, bastante, mais, menos, demais, assaz, tão, tanto, meio, todo etc.
GRAU DO ADVËRBIO – admite dois graus:
GRAU COMPARATIVO :
De igualdade – tão + advérbio + quanto (como)
Renato é tão alto quanto João.
De inferioridade - menos + advérbio + que (do que)
Renato fala menos alto do que João.
De superioridade -  analítico - mais + advérbio + que (do que)
Renato fala mais alto do que João.
sintético – melhor ou pior que (do que)
Renato fala melhor que João.
Renato fala pior que João.
                                                                     
GRAU SUPERLATIVO
ABSOLUTO :  ANALÍTICO – acompanhado de outro advérbio - Renato fala muito alto.
SINTÉTICO – formado de sufixos – Renato fala altíssimo
ADVÉRBIOS INTERROGATIVOS – quando (de tempo), como (de modo), onde (de lugar), por que (de causa), Podem aparecer tanto nas interrogativas diretas quanto nas indiretas.
INTERROGATIVAS DIRETAS                                INTERROGATIVAS INDIRETAS
Quando viajaremos?                                                Não sei quando viajaremos.
Como resolveu o problema?                                    Não sei como resolver o problema.
Onde você estuda?                                                 Não sei onde você estuda.
Por que perguntas?                                                Não sei por que perguntas.

PREPOSIÇÃO –  é a palavra invariável que liga dois termos.
Classificação da preposição – classificam-se em:
ESSENCIAIS – aquelas que sempre foram preposições: a, ante, após, até, com, contra, de, deste, em, entre, para, per, perante, por, sem, sob, sobre, trás.
ACIDENTAIS – aquelas que passaram a ser preposições, mas são provenientes de outras classes gramaticais – conforme, consoante,segundo, durante, mediante, como, salvo, fora,que etc.
DISTINÇÃO ENTRE PREPOSIÇÃO, PRONOME PESSOAL OBLÍQUO E ARTIGO
a é:
- preposição - quando liga dois termos, estabelecendo entre eles relação de dependência. Como preposição o a é invariável. 
Fui a Manaus
- pronome pessoal oblíquo – quando substitui o substantivo.
Nós levamos Maria a Manaus.
Nós a levamos a Manaus.
- artigo –quando antecede o substantivo, determinando-o.
A aluna foi a Manaus.
COMBINAÇÃO E CONTRAÇÃO DA PREPOSIÇÃO
As preposições  a, de, em e per unem-se a certas palavras formando um só vocábulo. Essa união pode ser por:
COMBINAÇÃO – quando a preposição não sofre nenhuma alteração.
- a preposição a + artigos definidos o, os. 
Fomos ao teatro   -   Os alunos responderam aos professores.
- a preposição a + advérbio onde.   Não vou aonde você vai.
CONTRAÇÃO – quando a preposição é alterada. Dá-se a contração com as preposiçõs:
De + artigos                       de + pronome                       de + advérbios           
De + o(s) – do(s)                pessoal                                   de + aqui - daqui
De + a(s) – da(s)                de + ele (s) – deles              de + aí     -  daí
De + um   - dum                 de + ela (s) – delas              de + ali -     dali
De + uma – duma
De + uns  - duns
De + umas- dumas
De + pronomes demonstrativos                   de + pronome indefinido
De + este(s) – deste(s)                                De + outro(s) - doutros     
De + esta s) – desta(s)                                De + outra(s) - doutras
De + esse(s) – desse(s)
De + essa(s) – dessa(s)                              em + artigos
De + aquele(s) – daquele(s)                       em + o(s) = no(s)
De + aquela(s) – daquela(s)                       em + a(s) – na(s)
De + isto – disto                                          em + um - num    
De + isso – disso                                        em + uma – numa
De + aquilo – daquilo                                 em + uns - nuns
De + o(s) – do(s)                                        em + umas - numas
De + a(s) – da(s)


Em + pronome demonstrativo                      a + artigo feminino
Em + este(s) – neste(s)                                a + a(s) – à(s)
Em + esta(s) – nesta(s)
Em + esse(s) – nesse(s)                              a + pronome demonstrativo
Em + essa(s) – nestas(s)                             a + aquele(s) – àquele(s)
Em + aquele(s) – naquele(s)                        a + aquela(s) – àquela(s)
Em + aquela(s) – naquela(s)                        a + aquilo - àquilo
Em + isto – nisto
Em + isso – nisso
Em + aquilo - naquilo
Em + o(s) –no (s)
Em +a(s) – na(s)


CONJUNÇÃO – é a palavra que liga duas orações ou dois termos semelhantes de uma mesma oração. As conjunções podem ser: COORDENATIVAS E SUBORDINATIVAS.
Classificação das conjunções coordenativas – que ligam orações independentes.
• aditivas - exprimem ideia de adição, soma: e, não só, mas também, nem (= e não) etc.;
Exemplos: Fui à escola e joguei bola.
Não fui à escola nem joguei bola.

• adversativas – exprimem ideia de contraste, oposição: mas, porém, contudo, no entanto, entretanto, etc.;
Exemplos: Fui à escola, porém não levei meu caderno.
Fui à escola, no entanto, não prestei atenção nas explicações.

• alternativas – exprimem ideia de alternância ou exclusão: ou, ou...ou, ora...ora, etc.;
Exemplos: Ou estudo para a prova, ou tiro nota baixa.
Ora como fastfood, ora me alimento bem.

• conclusivas – exprimem ideia de conclusão: pois, logo, portanto, por isso, etc.;
Exemplos: Pratiquei exercícios físicos, por isso me senti muito melhor.
Aquele medicamento é tarja preta, logo, deve ser vendido somente com receita.

• explicativas – exprimem ideia de explicação: porque, que, etc..
Exemplos: Ele deve ter saído da escola, pois não veio mais.
Não quero mais comer, porque estou satisfeito.

Classificação das conjunções subordinativas – ligam orações dependentes.
a) CAUSAIS (iniciam uma oração subordinada denotadora de causa). porque, pois, porquanto, como [= porque], pois que, por isso que, já que, uma vez que, visto que, visto como, que, etc.
Dona Luísa fora para lá porque estava só.
Como o calor estivesse forte, pusemo-nos a andar pelo Passeio Público.
b) COMPARATIVAS (iniciam uma oração que encerra o segundo membro de uma comparação, de um confronto): que, do que (depois de mais, menos, maior, menor, melhor, pior) qual (depois de tal), quanto (depois de tanto), como, assim como, bem como, como se, que nem.
Era mais alta que baixa.
Nesse instante, Pedro se levantou como se tivesse levado uma chicotada.
c) CONCESSIVAS (iniciam uma oração subordinada em que se admite um fato contrário à ação principal, mas incapaz de impedi-la). embora, conquanto, ainda que, mesmo que, posto que, bem que, se bem que, apesar de que, nem que, que, etc.
Pouco demorei, conquanto muitos fossem os agrados.
É todo graça, embora as pernas não ajudem…
d) CONDICIONAIS (iniciam uma oração subordinada em que se indica uma hipótese ou uma condição necessária para que seja realizado ou não o fato principal): se, caso, quando, contanto que, salvo se, sem que, dado que, desde que, a menos que, a não ser que, etc.
Seria mais poeta, se fosse menos político.
Consultava-se, receosa de revelar sua comoção, caso se levantasse.
e) CONFORMATIVAS (iniciam uma oração subordinada em que se exprime a conformidade de um pensamento com o da oração principal):conforme, como [= conforme], segundo, consoante, etc.:
Cristo nasceu para todos, cada qual como o merece…
Tal foi a conclusão de Aires, segundo se lê no Memorial.
f) CONSECUTIVAS (iniciam uma oração na qual se indica a conseqüência do que foi declarado na anterior): que (combinada com uma das palavras tal, tanto, tão ou tamanho, presentes ou latentes na oração anterior), de forma que, de maneira que, de modo que, de sorte que.
Soube que tivera uma emoção tão grande que Deus quase a levou.
g) FINAIS (iniciam uma oração subordinada que indica a finalidade da oração principal): para que, a fim de que, porque [= para que], que
Aqui vai o livro para que o leias.
Fiz-lhe sinal que se calasse…
h) PROPORCIONAIS (iniciam uma oração subordinada em que se menciona um fato realizado ou para realizar-se simultaneamente com o da oração principal): à medida que, ao passo que, à proporção que, enquanto, quanto mais… (mais), quanto mais… (tanto mais), quanto mais… (menos), quanto mais… (tanto menos), quanto menos… (menos), quanto menos… (tanto menos), quanto menos… (mais), quanto menos… (tanto mais)
Ao passo que nos elevávamos, elevava-se igualmente o dia nos ares.
Tudo isso vou escrevendo enquanto entramos no Ano Novo.
i) TEMPORAIS (iniciam uma oração subordinada indicadora de circunstância de tempo): quando, antes que, depois que, até que, logo que, sempre que, assim que, desde que, todas as vezes que, cada vez que, apenas, mal, que [= desde que], etc.:
Custas a vir e, quando vens, não te demoras.
Implicou comigo assim que me viu. 
j) INTEGRANTES (servem para introduzir uma oração que funciona como sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo, complemento nominal ou aposto de outra oração): que e se
Quando o verbo exprime uma certeza, usa-se que; quando incerteza, se:
Afirmo que sou estudante.
Não sei se existe ou se dói.

INTERJEIÇÃO – é a palavra que procura expressar, de modo vivo, um sentimento.
Os principais tipos de interjeição são aqueles que exprimem:
a) afugentamentos: arreda! – fora! – passa! – sai! – roda! – rua! -toca! – xô! – xô pra lá!
b) alegria ou admiração: oh!, ah!, olá!, olé!, eta!, eia!
 c) advertência: alerta!, cuidado!, alto lá!, calma!, olha!, Fogo!
d) admiração: puxa!
e) alívio: ufa!, arre!, também!
f) animação: coragem!, eia!, avante!, upa!, vamos!
g) apelo: alô!, olá!, ó!
h) aplauso: bis!, bem!, bravo!, viva!, apoiado!, fiufiu!, hup!, hurra!, isso!, muito bem!, parabéns!
i) agradecimento: graças a Deus!, obrigado!, obrigada!, agradecido!
j) chamamento: Alô!, hei!, olá!, psiu!, pst!, socorro!
l) desculpa: perdão!
m) desejo: oh!, oxalá!, tomara!, pudera!, queira Deus!, quem me dera!,
n) despedida: adeus!, até logo!, bai-bai!, tchau!
o) dor: ai!, ui!, ai de mim!
p) dúvida: hum! Hem!
q) cessação: basta!, para!
r) invocação: alô!, ô, olá!
s) espanto: uai!, hi!, ali!, ué!, ih!, oh!, poxa!, quê!, caramba!, nossa!, opa!, Virgem!, xi!,
terremoto!, barrabás!, barbaridade!,
t) impaciência: arre!, hum!, puxa!, raios!
u) saudação: ave!, olá!, ora viva!, salve!, viva!, adeus!,
v) saudade: ah!, oh!
x) suspensão: alto!, alto lá!
z) interrogação: hei!…
w) silêncio: psiu!, silêncio!, calada!, psiu! (bem demorado)
y) terror: credo!, cruzes!, Jesus!, que medo!, uh!, ui!, fogo!, barbaridade!
k) estímulo: ânimo!, adiante!, avante!, eia!, coragem!, firme!, força!, toca!, upa!, vamos!


 

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